terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Jornal O Dia 12/01/2010 - Tratamento de câncer ampliado

  A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro ainda não tem novidades sobre a licitação para compra do Tarceva.

  Enquanto o governo do Estado não consegue concluir uma licitação para a compra de 1 tipo remédio, o Ministério da Saúde faz mais promessas para a população do nosso Estado. De que adianta criar novas farmácias se o estoque não é devidamente abastecido:

  O Ministério da Saúde vai ampliar o atendimento oncológico nos seis hospitais federais do estado do Rio, através de parceria com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). A conclusão da fase de instalação dos equipamentos está prevista para abril.

  Unidades atendidas pelas melhorias:

Hospital do Andaraí
   Serviços de radioterapia, braquiterapia e mamografia
   22 novos leitos
   10 cadeiras de quimioterapia

Hospital Cardoso Fontes
   Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon)
   Farmácia para medicamentos de quimioterapia
   9 cadeiras de quimioterapia
   4 consultórios

Hospital de Ipanema
   Criação de uma Unacon
   Serviço de quimioterapia
   7 cadeiras de quimioterapia
   1 maca
   2 consultórios médicos
   1 consultório multidisciplicar, com fisioterapia e psicologia.

Hospital dos Servidores do Estado
    12 cadeiras de quimioterapia
    4 consultórios de ambulatório

Hospital Geral de Bonsucesso
    Reformulação no ambulatório e na sala de cirurgia de cabeça e pescoço

Hospital da Lagoa
    Inaugurou, no fim do ano passado serviço de hematologia infantil, que atende crianças com leucemia

Leia a matéria completa em: http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2010/1/tratamento_de_cancer_ampliado_57903.html

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Relato Angela Beatriz

Pessoal, estou publicando um comentário que está no primeiro post, o relato da Angela, para vocês verem quantas pessoas estão passando por esse problema no momento, leiam:

"Há quase cinco anos, com 50 de idade, retirei um pulmão por causa de um adenocarcinoma e, assim como a Olívia, também nunca fumei .

Um ano depois de terminada a quimioterapia tive metástase óssea, reiniciei as sessões de quimio e recebi um prognóstico bastante ruim - de oito meses a uma ano de vida.

Na época meu médico me indicou o Tarceva de 150mg, que estava chegando ao Brasil, e o tomo desde agosto de 2006 e, contrariando as previsões, EU NÃO MORRI! Pelo contrário - estou cheia de gás, trabalhando e me sentindo com mais disposição e energia do que antes da cirurgia.

O governo do Estado do Rio de Janeiro há dois meses não me entrega o medicamento. O Município, por sua vez, o prometeu para daqui a 30 dias. Já foi determinada pelo juiz busca e apreensão do remédio nas farmácias do Estado, do Município e da União Federal, porém nada foi encontrado em nenhuma delas.

A resposta que recebi de uma funcionária pública diante de tal ordem judicial foi a seguinte: "- Mesmo que o juiz determine busca e apreensão não vão encontrar nada, porque aqui não temos o Tarceva; já foi feito o pedido de compra e agora só podemos aguardar. Não tomamos nenhuma medida para acelerar a entrega."

Recentemente foi determinado pelo juiz que os entes públicos fornecessem o remédio, SOB PENA DE CRIME DE DESOBEDÊNCIA, previsto no artigo 330 do Código Penal.
Segundo a advogada que me assiste, estamos aguardando o juiz tomar a próxima providência, que deverá ser a prisão dos responsáveis pela entrega do medicamento.

A sensação de impotência e o medo de interromper a situação que vem me mantendo viva e com saúde há tanto tempo devem ser bem compreendidas por quem depende, para se tratar e continuar vivendo, da Saúde Pública. O que deveria ser um DIREITO do cidadão é tratado com uma displicência e descaso que chegam a ser aviltantes!

Que alegria poder me juntar, através deste blog, a outras pessoas nas mesmas condições para dividirmos o problema e podermos somar saídas possíveis!

Angela Beatriz"

Este espaço está aberto a todos que quiserem participar.

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Somando forças

Ontem a tarde fui procurado pelo Rogério, sua mãe faz tratamento contra o câncer de pulmão e faz uso regular do Tarceva e também não está recebendo o medicamento desde o mês de outubro.

Ele também publicou um blog antes de saber da nossa luta e ficou feliz em ver que consegui fazer com que minha mensagem fosse lida, já que tentou enviar mensagens para diversos meios de comunicação e não obteve nenhuma resposta.

Estamos juntando nossos esforços atrás de informações sobre a regularização nos fornecimento do Tarceva e iremos manter todos informados tanto por aqui, quanto pelo blog dele.

Acessem riosemtarceva.wordpress.com e comentem lá também, precisamos de ajuda para manter nossa mensagem circulando e atraindo mais pessoas para nossa luta.

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Agradecimento à Rádio Band News FM

Gostaria de agradecer ao Ricardo Boechat e todo o pessoal da rádio Band News FM por lerem meu email no ar durante o programa desta manhã de sexta-feira  11 de dezembro de 2009.

Agradeço a atenção da equipe da rádio em dar visibilidade a um problema tão sério e acrescentar que poucas horas após a leitura da mensagem no ar, ela foi ouvida e divulgada, passando por médicos e familiares de outros pacientes nesta mesma situação, que me procuraram durante o dia, querendo trocar informações e se juntar à nossa luta.

Obrigado a todos !

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Primeiro Relato - Olívia

Estou em acompanhamento desde julho de 2007 por apresentar câncer de pulmão, apesar de nunca ter fumado.

Fiz quimioterapia endovenosa e radioterapia. Por ter uma alteração genética, foi indicada uma medicação específica para a continuação da terapia que vem tendo excelente resposta.

O uso da medicação é continuo e diário e em caso de não ser ingerido, o quadro clínico pode voltar e de forma sem controle levando a perda de todo o investimento já conseguido.

Este remédio estava sendo fornecido pela Secretaria de Saúde do Estado. Há cerca de 2 meses não mais recebo o Cloridrato de Erlotinibe 150 mg (TARCEVA) do Laboratório Roche.

Entramos com ação contra o Estado e o Município do Rio de Janeiro e foi emitida ordem judicial para estas esferas que se negam a cumprir a referida ordem.

Se nem as autoridades de mando têm poder sobre os políticos que deveriam estar cuidando de nossas vidas, como cidadãos em dia com os tributos, de quem conseguiremos ajuda.

Olívia Pereira de Melo Marçal

Começando

Estou começando este blog, inicialmente, com alguns propósitos: ajudar minha mãe, reunir pessoas com o mesmo tipo de problema que ela.

Um dos problemas que minha mãe enfrenta é o tratamento de um câncer de pulmão, mas esse é o nosso começo, a parte principal do problema é que ela está encontrando muitas dificuldades em receber o remédio necessário para o seu tratamento, pelos serviços públicos de saúde do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro.

Nós Sabemos que uma parcela da população brasileira não tem como bancar todas as necessidades de suas famílias e precisa recorrer a algum ou alguns dos mais variados tipos de serviços fornecidos pelas três esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal), serviços estes que são garantidos por leis que obrigam o Governo a prestá-los a toda a população, como educação com creches, escolas e faculdades, segurança com polícia, bombeiros e defesa civil, saúde com hospitais, postos de saúde, além de vários outros tipos de serviços.

Nós sabemos também, e não é de hoje que, a saúde pública no Brasil se encontra em péssimas condições, tanto para os pacientes, quanto para os profissionais que prestam este atendimento à população.

Pois bem, como disse, minha mãe está se tratando de um câncer e precisa de um remédio diário como parte de seu tratamento, que já envolveu quimioterapia e radioterapia em outras etapas, mas agora só é necessário um único comprimido por dia, de um medicamento aporvado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2006.

Já faz 2 meses que ela não recebe este remédio da Secretaria de Saúde do Estado e as respostas aos contatos dela com os representantes desta secretaria são as mais variadas, desde que o remédio já foi pedido para o dia X, ou que o remédio se encontra em falta e ainda que o remédio não faz parte do fornecimento normal e que ela deveria se dirigir a um hospital com clínica oncológica para pedir a medicação.

Foi então que resolvi abrir este espaço para divulgar um problema que está acontecendo, não só com a minha mãe, mas com muitas pessoas por todo o país e assim tentar dar alguma visibilidade a todos esses casos, para buscarmos uma solução mais digna, e principalmente definitiva, por parte do Governo, para tantas pessoas que precisam de um remédio para sua sobrevivência, pessoas que trabalham ou trabalharam e pagam seus impostos em dia, e por isso, têm o direito ao acesso a esses serviços.

Gostaria de contar com o apoio da comunidade e de todos os que lerem esses posts, repassando e indicando esta página para quem se encontra em situação parecida. A página estará aberta a todos que quiserem enviar seus relatos e todos que quiserem os terão publicados aqui, como forma de cobrança da nossa parte por uma resposta.

Começo com o próprio relato de minha mãe, contando um pouco do que passou até aqui e repito que o espaço estará aberto a todos que quiserem compartilhar suas experiências.

Podem deixar comentários ou se quiserem escrevam também para: faltaremedio@gmail.com



Abraço a todos